Como sair com o bebê tranquilamente?

Fizemos mais um vídeo, dessa vez mostrando como sair com tranquilidade, usando uma Bebêchila e um carregador de bebê. Usamos aqui o pouch e o sling de argola.




E vocês, como saem com os bebês?!

Parto Normal x Parto humanizado: você sabe mesmo a diferença?

A expressão se popularizou, mas muita gente ainda não sabe o que é, afinal de contas, um parto humanizado.

Por Luciana Benatti 
em http://casamoara.com.br/normal-x-humanizado-voce-sabe-mesmo-a-diferenca

Um ambiente acolhedor, com pouca luz e música suave, para deixar a mulher mais à vontade durante o trabalho de parto. Para muita gente, é isso o que diferencia um parto humanizado de um parto normal hospitalar padrão.
Quando se fala em humanização da assistência ao parto, porém, há muito mais coisas em jogo do que a beleza das instalações e a gentileza no trato com as parturientes. Envolve também uma mudança de atitude: respeitar os desejos das mulheres.
“Existem dois tipos de humanismo: o que eu chamo de humanismo superficial, no qual o quarto é bonito e a mãe é tratada de maneira amável, mas a taxa de intervenções não diminui, e o que eu chamo de humanismo profundo no qual a profunda fisiologia do nascimento é honrada”, observa a antropóloga norte-americana Robbie Davis-Floyd num artigo publicado pela revista Midwifery Today em 2007.
Mas a que intervenções exatamente ela se refere? Os procedimentos hospitalares realizados rotineiramente durante o parto são necessários para ajudar no processo natural, de modo a garantir a manutenção da saúde da mãe e do bebê, certo?
Errado. Essa é a primeira questão difícil de compreender: pesquisas científicas mostram que muitas das intervenções médicas praticadas atualmente no parto normal são, na verdade, desnecessárias e prejudiciais. No entanto, continuam sendo feitas. Por quê? Boa pergunta…
O uso rotineiro de enema (lavagem intestinal), de raspagem dos pelos púbicos, de infusão intravenosa (soro) e da posição supina (mulher deitada de barriga para cima) durante o trabalho de parto estão entre as condutas consideradas claramente prejudiciais ou ineficazes e que deveriam ser eliminadas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Apesar disso, fazem parte do protocolo de assistência de muitos hospitais e maternidades, sendo realizadas todos os dias, de forma indiscriminada.
O mesmo vale para para os procedimentos com o recém-nascido: na maioria dos hospitais, logo após o nascimento, os bebês têm as vias aéreas aspiradas pelo pediatra com o uso de sonda, mesmo aqueles que nascem saudáveis e que seriam capazes de eliminar por conta própria as secreções. Por outro lado, o contato pele a pele com a mãe, fundamental para o estabelecimento do vínculo, e a amamentação na primeira hora de vida, preconizada pela OMS, muitas vezes não são priorizados pela equipe.
No parto humanizado, por outro lado, nenhum procedimento é rotineiro: as intervenções são feitas de forma criteriosa e apenas quando realmente necessário.
A segunda questão complexa diz respeito à participação de cada um dos atores na cena do parto. Em nossa cultura, quem costuma ocupar o papel principal é o médico, que “estudou para isso”, como se ouve muito por aí. Nessa visão, cabe à mulher uma posição passiva. A última palavra é do profissional, pois o parto é um “ato médico”.
O movimento de humanização do parto, que cresce em várias partes do mundo, tem uma visão diferente: a mulher é protagonista do próprio parto e deve participar ativamente das decisões, em parceria com os profissionais que lhe dão assistência.
No parto humanizado, a mulher é incentivada a se informar e a fazer suas próprias escolhas. Seus desejos são acolhidos e respeitados.
Veja no quadro abaixo algumas das principais diferenças entre o parto normal hospitalar padrão e o parto humanizado.

Normal Humanizado
Pré-natal Em geral, limita-se a avaliar a saúde física da mulher e do bebê. Aspectos emocionais da gestação ficam em segundo plano. Fala-se pouco de parto. Avalia a saúde física da mulher, incluindo todos os exames recomendados pela OMS, e também dá grande ênfase ao preparo emocional da mulher para o parto e a maternidade.
Início do trabalho de parto Dificilmente permite-se que a gestação ultrapasse 40 semanas. Quando atinge esse “limite”, a mulher é internada para a indução do parto com medicamentos ou vai para a cesárea porque “passou da data”. Costuma ser espontâneo, ainda que o tempo de gestação ultrapasse as 40 semanas (com consultas e exames mais frequentes após 41 semanas).
Ruptura da bolsa Em geral é provocada pelo médico, com uma espécie de agulha, para acelerar o trabalho de parto. Costuma acontecer naturalmente, de forma espontânea, ao longo do trabalho de parto.
Duração do trabalho de parto É acelerada com ocitocina sintética (hormônio), que intensifica as contrações. Respeita-se o ritmo natural do nascimento, que varia muito de um parto para o outro.
Posição durante o trabalho de parto Deitada na cama, de barriga para cima. Um cinta presa na barriga da mulher e ligada a um aparelho (cardiotocografia) monitora as contrações e os batimentos cardíacos do bebê. A mulher tem liberdade para escolher e alternar posições. Pode sentar na bola de parto, deitar na banheira, ficar de quatro sobre cama, acocorar-se nas contrações etc. Mais sobre posições para o parto, aqui.
Anestesia No atendimento particular, é um procedimento de rotina (para todas as mulheres, ao atingirem um determinado estágio de dilatação). No serviço público, não está disponível tão facilmente. É uma escolha da mulher, que é incentivada a dar preferência a métodos naturais de alívio da dor, como massagens, banhos mornos e o suporte físico e emocional de uma doula (acompanhante de parto). Quando a mulher decide pelo alívio medicamentoso, é feita uma analgesia, que tira a dor, mas não os movimentos. Mais sobre analgesia, aqui.
Local Hospital (sala de parto ou centro cirúrgico). Hospital (suíte de parto normal, com chuveiro, banheira e bola de parto), em casa de partos ou em casa (apenas para gestantes de baixo risco).
Episiotomia (corte no períneo) Procedimento de rotina, feito em praticamente todos os partos normais. Realizada raramente, apenas se absolutamente necessário. Mais sobre episiotomia e preparação perineal para o parto, aqui.
Contato com o bebê após o nascimento O cordão umbilical é cortado imediatamente, o bebê é mostrado para a mãe e levado pelo pediatra para uma série de exames e intervenções, como a aspiração das vias aéreas superiores e a aplicação de colírio de nitrato de prata. Se o bebê nasce bem (o que é o caso da maioria), a prioridade do pediatra é garantir o contato pele a pele do recém-nascido com a mãe. O bebê é apenas enxugado e coberto com panos macios, no colo da mãe. São oferecidas todas as condições para que ocorra a amamentação na primeira hora de vida. A aspiração é feita apenas se for realmente necessário. O cordão é cortado só depois que para de pulsar. Mais sobre atendimento humanizado ao recém-nascido, aqui.
Participação da mulher A gestante tem uma posição passiva diante do processo do parto. É considerada uma “paciente” e, como tal, é esperado que aceite as decisões do médico, que é quem está de fato no comando da situação. Compartilha a tomada de decisões com a equipe responsável pela assistência ao parto, que pode contar com médico ou parteira (enfermeira obstetra ou obstetriz). No segundo caso, o obstetra fica na retaguarda e é acionado apenas se necessário.

Para saber mais
No site Amigas do Parto, você encontra o texto completo das Recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde) no Atendimento ao Parto Normal.

Primeiros momentos de vínculo


É fundamental refletirmos sobre os primeiros instantes de vínculo entre bebê e mãe...

Compartilho com vocês o texto da Anne Rammi no superdupper.com.br

 

DE CARA COM A CESÁREA

Quando você vai "escolher o parto de seu filho" tem uma coisa sobre a cesárea que ninguém te conta: ela é feia pacas. Feia no sentido visual da palavra, sem atribuir a conotação emocional da beleza.
Ontem eu fui assistir uma sessão especial do filme O Renascimento do Parto, e uma coisa muito tensa aconteceu: eu fiquei de frente com os fantasmas, meus e de outras mães, que passaram por cesáreas mal indicadas, por coação, e portanto, símbolos de violência obstétrica.
Não há um texto, uma blogueira ativista, uma equipe de parto, um grupo de apoio, uma história macabra da manicure, um conselho da vizinha que nos faça entrar em contato com esse lado verdadeiro do procedimento cirúrgico mais famosos do Brasil: a cirurgia cesariana é assustadora, visualmente falando.
As cenas do filme que tratam especificamente dos procedimentos da cesárea são devastadoras.
Uma mãe que passa pela cirurgia não tem a perspectiva real do acontecido, e suponho, talvez por isso, muitas e muitas mulheres não se sentem violentadas. Muitas e muitas mulheres defendem esse tipo de "escolha" ferozmente. E muitas e muitas e muitas se sentem pessoalmente atacadas quando alguém professa (como eu) que o procedimento cirúrgico da cesariana é feio, tenso e cruel.
Ontem, sentadinha na cadeira ao lado do meu marido - ele sim, junto com a equipe médica e toda uma família que viu sob a ótica do expectador o procedimento para extração do meu filho de dentro do meu corpo - eu tive contato com as cenas mais desrespeitosas, e fundamentalmente tristes. 
Lamento por mim, por aquelas que já entenderam pelo que passaram, por aquelas que ainda vão entender e por todas as outras que jamais entrarão em contato com o reconhecimento dessa violência, que todas nós tivemos que passar, por coação, opção ou acaso, por esse procedimento no momento do nascimento dos nossos filhos.
O mais importante agora é espalhar informação. O filme é um documentário conceitual completo sobre o tema, que vai abalar as estruturas do sistema obstétrico vigente, se existe um deus, ele está feliz. Mas mais do que isso é uma obra visual. O impacto é inegável. Depois de ver aquilo, não há dúvida sobre qual caminho tomar. 
Por enquanto só há o Promo, que já dá o recado da importância desse lançamento. O filme na íntegra deve sair em breve.
Enquanto isso, para efeito de resumo, ainda usando do recurso falido de dizer através de palavras as coisas que só imagens podem explicar, a mulher nunca está de cara com a cesárea.
A mãe vê:
Um corredor de luzes hospitalares passando no teto, alguns fios de seu cabelo mal ajambrados  dentro de uma toca, uns passantes no corredor, um reflexo de porta se abrindo, o teto e o relógio na parede. Por alguns instantes sentadas, consegue ver o geral do centro cirúrgico, muitos equipamentos, muitas máquinas, os médicos e enfermeiras tomando posição. Deitada novamente vê por cima da cabeça o rosto do marido e muitas vezes do anestesista. Um pano azul que domina 70% do campo visual. Uma enfermeira na lateral instala coisas em seus braços. Se estiver em uma sala de cirurgia tipo aquário, verá também de canto de olho, ao fim dos braços injetados com soros e monitores, as pessoas que acompanham o procedimento. Em coisa de 10 ou 15 minutos, permanece vendo os cotovelos dos médicos, que quando se juntam com as sensações de empurra-empurra na barriga, o cheiro de carne queimada e o som do grito do bebê diagnosticam o nascimento.
A mãe é a última a ver o filho na cirurgia cesariana. A visualização do bebê varia em muitos casos, algumas mães tem a possibilidade de ficar com ele por mais tempo. Mas a cirurgia clássica permite alguns segundos, que misturam novamente a audição para os gemidos do feto recém extraído, o cheiro dos líquidos do útero, o gosto salgado se ela tentar beijar o filho. Mas normalmente essa criança é vista pela mãe de relance, e lateralmente, normalmente de ponta cabeça, já que ela está deitada.
Volta a cena do marido, do anestesista, de outros membros da equipe de toucas passando por cima da cabeça. Novamente um transporte rápido pelos corredores iluminados e o filme da cesárea na visão da vítima termina normalmente na penumbra de algum quarto de recuperação. Onde só se enxerga cortinas e paredes.
O expectador vê: 
Uma mulher deitada em uma maca, devidamente despida e depilada antes de ser colocada na maca  sendo empurrada com profissionalismo por uma equipe médica rumo ao centro cirúrgico, e familiares e passantes em volta desejando-lhe boa hora. A mulher impotente e nua é esterilizada com iodo como um grande pedação de carne, prestes a ser cortada. Ela é anestesiada muitas vezes através de várias tentativas de uma picada na coluna e colocada novamente deitada. Outros dois membros da equipe trabalham em seus braços, colocando-a em posição de cruz, para o acesso às veias e monitores de batimentos cardíacos e pressão. Ela está ligada à máquinas por todos os lados, que se não fosse o volume da barriga, poderia-se dizer que vai passar por alguma cirurgia para corrigir um problema de saúde terrível. A sala é cheia de bancadas com maquinário que só se vê em filme de hospital, para dar vida aos mortos. As mesinhas que apoiam os instrumentos médicos contam com uma infinidade de tipos de tesouras, bisturis, pinças, pás (tipo colheres de fórceps) que estão ali à disposição doprofissional médico caso ele precise puxar a cabeça do bebê de dentro do resistente buraco de sete camadas de tecido materno. Quando o procedimento começa, quem está na lateral, lá na posição do aquário, não teria a vista privilegiada de assistir a remoção do bebê na íntegra. Mas vê um amontoado de panos, que divide em uma ponta uma grande quantidade de seres humanos encapuzados de verde ou azul e na outra só uma cabecinha, com alguns fios de cablo mal ajambrados dentro de uma toca. Normalmente uma cabecinha aflita e emocionada. No ponto de vista do pai, do médico e da equipe a cena é outra. O pedaço de carne devidamente esterilizado está à mostra altamente iluminado, todo o resto cobre-se por panos. A cor da pele, com o toque do bisturi vai se abrindo primeiro em sangue, depois em gordura, depois em órgãos e assim por diante até nitidamente atingir o fim. É bastante, bastante sangrento. As mãos do médico vão dançando o bisturi e esgarçando a pele uma, duas, três, duzentas vezes, enquanto pinças, gazes, panos vão limpando e abrindo caminho para a remoção do bebê. Colocam uma espécie de alargador de metal para manter o buraco aberto. Em coisa de 10 ou 15 minutos aparece normalmente a cabeça, com os cabelinhos molhados que entope a saída das águas de dentro do útero. O médico coloca as mãos abraçando a cabeça, fazendo a força externa. Essa imagem é impressionante, da força mecânica necessária para remover aquela criança de dentro do buraco. Não é suave. É brutal. Ali pode ser que se veja a tal pinça, o fórceps entrando em ação. Ou as mãos enluvaradas balançando o crânio do bebê de um lado para outro. Escapam as águas e jorra sangue e líquidopara todos os lados. O bebê sai cinzento, grudento, de olhos fechados. Pode ter uma cara séria de quem estava dormindo, ou uma enorme boca arroxeada em protesto. Não sei o que todos os expectadores de cesáreas do mundo viram nos rostos dos bebês, mas acho que não viram felicidade, nem prazer. Aquele corpinho inerte é colocado acima dos panos, na região da vagina e coxas da mãe. Pode ser que haja tapas, esfregões e chacoalhões para que o bebê comece a respirar. Clamps e tesouras interrompem o fluxo do cordão. O orgulhoso pai faz o corte, sua parte única parte ativa. Repito, é violento. Alguns médicos partem direto para os procedimentos, antes mesmo de mostrar o bebê para mãe. Outros pegam a criança como um frango, pelas perninhas na altura do tornozelo e apoiando a cabeça fazem um vôo até aquela única parte da mãe que está ativa, e ironicamente podada, os olhos. E normalmente essa criança é vista pela mãe de relance, e lateralmente, normalmente de ponta cabeça, já que ela está deitada. Seguem os procedimentos. A gente vê o bebê ser colocado de braços abertos, apavorado, saído de um ambiente quentinho para uma sala com ar condicionado, numa balança, enquanto pediatra e enfermeira registram em muitos papéis os números que encontram. Carimbam o pé do bebê, colocam-lhe pulseiras nos pés e braços. Começam a esticar-lhe o corpo que até então só conhecia a posição fetal para ver sua altura. Insistem em que fique com a cabeça parada, as pernas retas, com força. Não há como medir a altura de um bebê se não for na força. Fingam-lhe colíro nos olhos que nunca viram nada, e esfregam com os dedos. Pegam um caninho e enfiam na boca e nariz. O bebê luta para se livrar daquilo, chora, esperneia. Enrolam o bebê e colocam uma touquinha, ele pode acalmar por alguns instantes. O bebê desaparece em um berço empurrado por alguém enquanto os médicos finalizam a costura na barriga. Apagam a luz da sala quando terminam e todos vão embora, deixando a mulher à cargo da enfermeira que vai levá-la à recuperação. O expectador vai atrás do bebê. Vê elevadores, muitos corredores e torna a encontrar-se com aquela vida recém nascida por trás de um vidro. Muitas vezes para ver um outro alguém dando-lhe um desnecessário e prático banho. Com uma falta de respeito àquele corpo virgem que é confundida com atenção. O Bebê vai nu e fraldado para um berço aquecido, onde vai passar as horas necessárias para o protocolo do hospital até que possa finalmente reencontrar a sua mãe. Nessa hora são vacinados, medicados e muitas vezes administrados com leite artificial ou água glicosada, uma vez que não puderam mamar imediatamente, como uma medida de prevenção a uma suposta hipoglicemia. Muitos bebês do momento em que são removidos da barriga da mãe até o momento em que conseguem de novo estar nos braços dela passam o tempo todo chorando em desespero. Esse processo pode levar de 4 a 6 horas.

***

O filme vai além da cesárea como modalidade de nascimento e trata também de outras formas de violência contra a mulher no momento do parto, com cenas reais de episiotomia, fórceps, manobras de kristeller, partos em decúbito com pernas amarradas, e afins, além de um panorama conceitual indiscutível e apoiado em evidências científicas da necessidade de quebrarmos esses paradigmas, pelo bem coletivo da humanidade, através de entrevistas com pesquisadores renomados mundialmente.

Se você está grávida, pergunte para seu médico quais são os procedimentos que ele vai executar no seu parto e procure não contar com a sua imaginação e "coragem e força" para sustentá-los. Veja as imagens. Quem vê exatamente o que é um desses procedimentos com os olhos da verdade não com  os olhos da imaginação, certamente vai optar não passar por uma.


Um eterno exercício de perdão. Nesse momento, todos já haviam visto meu filho. Menos eu.

Bebêchila e as propagandas espontâneas

Começou com o boca-a-boca entre mães, há 4 anos. E hoje a Bebêchila coleciona exemplos de propaganda espontânea nos meios de comunicação. Isso nos enche de orgulho e entusiasmo! Esse aqui, encontrei hoje por acaso, no site www.napracinha.com.br.


Mãe de mochila é mais feliz



Outro dia, visitando uma amiga, ouvi um comentário um tanto quanto estranho. Uma mamãe de primeira viagem estava presente e se justificava sobre o motivo de não sair de casa com seu bebê de quatro meses para visitar as outras pessoas: "Sabe o que é? As pessoas não entendem que quando saímos com o bebê, não somos só eu e o bebê, tem que vir junto a tralha dele, né? Muito complicado, melhor deixá-lo em casa mesmo" (oi? Como ela queria que o bebê saísse? Sem fralda pra trocar ou coisa do tipo?)

Fiquei imaginando se ela soubesse que todos os dias de manhã preciso juntar essa tralha toda para levar a pequena ao berçário. Todo dia, ela faz, tudo sempre igual.... É a repetição diária de um check-list na cabeça para não faltar nada. E de vez em quando ainda fica uma blusa de frio ou mamadeira para trás.

Quando vamos sair pra passear, a história é a mesma. Junta roupa+ fralda+ pomada+ lenço umedecido+  fralda de pano+ paninho de boca+ bico+ mamadeira+ leite+ fruta+ papinha+babador+ biscoito+ água+ brinquedo para distrair...

Com o tempo, fica automático. E depois, com a tralha empacotada, lá vamos nós passear. Desde que a Sara nasceu, usava duas sacolas: uma maior, se fosse um passeio comprido, ou outra menor se fosse rapidinho. Há pouco tempo, no entanto, resolvi experimentar usar uma mochila no lugar da bolsa. Ainda estou sem entender por que ninguém me contou que a mochila era tão melhor do que a bolsa de ombro!

O modelo que passei a usar nem é específico para bebês. Mas tem compartimentos suficientes para todos os itens e sobra espaço. Para passear, é muito mais ergonômica, pois o peso fica distribuído nas costas. E o melhor de tudo: braços livres! Se precisar assentar no chão, ela não incomoda. Se precisar se curvar pra limpar o rostinho da criança, ela não incomoda. Se precisar sair correndo atrás da cria, não incomoda nadinha. Então, ó céus, por que é que nos acostumamos a essa bolsa-nada-prática de ombro?

Antenadas na praticidade da mãe moderna, já surgem empresas especializadas nessas mochilas maternas, com versões que trazem trocador, bolsa térmica e até compartimento para roupa suja, como é o caso dessa aqui:




Por que a Bebêchila contribui para o vínculo entre pais e filhos?

Apesar de o mundo ter avançado muito em termos de opções de lazer e passeios para pais e mães junto com seus bebês, ainda pode parecer assustador sair de casa sozinho ou sozinha, acompanhado apenas por uma pessoinha de alguns meses.


Cada bebê que nasce é uma história. Para alguns, a inserção na família pode se dar de forma mais trabalhosa. Há aquelas famílias mais preparadas, que tem outros filhos e já sabem o que precisam acionar dentro de si para receber o novo bebê. E há famílias que estão recebendo o primeiro bebê. O que há de comum entre as duas é a necessidade de abertura, de flexibilização e de paciência para esse período de adaptação.
Essa adaptação pode ser na amamentação, no vínculo que se cria entre mãe e bebê que agora recebe o leite materno. Também pode ser a adaptação dos sentidos do bebê, que recebe estímulos diferentes do que estava habituado dentro do útero.  Ou ainda adaptação no novo formato da família. E outras mais!
Mas uma coisa é certa: encontrar-se com outras mães e pais ajuda muito a nova família no fortalecimento, na confiança e na identificação das dificuldades – e alegrias também. Contávamos antigamente apenas com os parentes próximos, amigos ou vizinhos para essa socialização. Hoje, podemos contar também com cinema com bebês (Cinematerna), encontros de amamentação (Matrice), encontros de pós parto (Espaço Nascente, Casa Moara...), aulas de dança com bebês (Dança Materna), encontros de canto com bebês (Materna em Canto), além de teatro e shows para e com bebês.
Apesar de termos tantos avanços em termos de atividades para mães e pais com bebês recém-nascidos, ainda pode parecer desafiador - e até mesmo assustados - passar algumas horas fora da estrutura do lar acompanhados de um bebê.
É por isso que criei a Bebêchila há quatro anos: para poder levar com conforto e confiança a estrutura de casa para a saída com o bebê. Tudo dentro de uma mochila pratica e cheia de estilo.
Lanche, remédio, fraldas, mudas de roupa, trocador, brinquedinhos, paninho de boca e pertences dos pais... tudo que precisamos para a saída ser prazerosa e tranquila (veja mais aqui). 
A sensação que tenho quando saio com as minhas filhas e a Bebêchila é a de estar preparada para qualquer imprevisto. Me liberando então para estar de alma presente no passeio.
Por isso que afirmo sem medo de estar errada: a Bêbechila contribui para a formação e manutenção do vínculo entre pais, mães e filhos.  Porque é um instrumento que oferece segurança e tranquilidade para que a família curta momentos prazerosos tão necessários especialmente na chegada do bebê, quando somos apresentados a tantas transformações.